Thursday, May 19, 2005

ZÉ, SERVO DA GLEBA

Se há homens que fruem a vida
outros há que não a têm
escravos de gente caduca
servos de homens vazios

Quando a estrada é longa
Zé nem fala nem nada
dá o corpo, a mente e a vida
dá a morte que não lhe pertence

O homem já não tem um banco
perdeu os bens, perdeu a guerra
roubaram-lhe a roupa e o dinheiro
os filhos, a esposa e a alma

Qualquer coisa coisa serve
tudo está a primor
só não é proibido, Zé
amar sem amor.

L. Araújo; in "Princípio... e... Fim!"

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