O sábado, dia 12 de Abril, amanhecera húmido e as núvens escuras, correndo lestas, deixavam escapar grossas gotas de água. No mar, as ondas mostravam-se enérgicas, encapelando-se, pouco a pouco. Era o dia da partida para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, Marrocos e Canárias. A bordo, a recepção feita ao grupo de madeirenses depressa ultrapassou a pequena tempestade que assolava o sul da ilha.
Pelas 17H30, o Costa Europa largou amarras do porto do Funchal, iniciando a viagem rumo a Málaga, sempre acompanhado pelo forte vento de sudoeste.
Na segunda-feira, a passagem pela cidade espanhola pewrmitiu uma breve visita às instâncias turísticas de Torremolinos, Marbella e Puerto Banus. À noite, após o jantar, na orla da piscina coberta, saboreando o cocktail do dia, foi a vez de observarmos a execução artística de maravilhosa escultura, a partir de um bloco de gelo.
Seguiu-se outro dia de navegação até Génova, cidade italiana que nos recebeu sob um sol radioso e mar calmo. Piazza Ferrari, Catedral, Aquário e baixa citadina foram as visitas mais marcantes antes de conhecermos os novos inquilinos do navio.
Pelas 13 horas do dia seguinte, tendo navegado junto da costa catalã, o navio acostou em Barcelona, nas proximidades da Ponte Europa. A beleza do porto, a montanha de Montjuic, a imponência da Sagrada Família, de Gaudi, a arte da Catedral com as suas muralhas medievais e a vivência cosmopolita das Ramblas ficaram para sempre gravadas no álbum das boas recordações. À saída do porto, a presença do Sea Wind Crown, ex: Vasco da Gama, ex: Infante dom Henrique, abandonado em local ermo, transportou-nos, com certa nostalgia, ao período glorioso da navegação comercial lusitana.
O 3º dia de navegação chegou com o retorno do navio ao balanço, enquanto devorava as ondas encapeladas. Pelas 22h 30, terminada a recepção do comandante aos seus hóspedes, seguida de jantar de gala, pudemos avistar, por estibordo, o rochedo de Gibraltar, ao mesmo tempo que as luzes da costa do norte de África brilhavam a bombordo. Com o regresso à ondulação do Atlântico, os sacos para enjoo reapareceram, dispeersos, nos corrimãos e noutros pontos estratégicos. Entretanto, as actividades planeadas e realizadas pela entusiática equipa de animação ocupavam os passageiros que se esforçavam por cumprir o programa diário, com saliencia para as aulas de Mambo, Macarena, aeróbica, italiano, para os jogos de cartas, de ténis de mesa, de matraquilhos, de voleibol, para as pinturas, a culinária, as maquilhagens, etc, etc.
(continua)