Atenas, berço da civilização ocidental e, desde 1834, capital da Grécia, recebeu-nos numa densa manhã de nevoeiro, chuva e muita neve.
Desta vez, optámos pela visita à famosa cidade de Corinto. À medida que nos afastávamos do porto do Pireu, o sol despontou para um dia solarengo, mau grado a temperatura local, dois graus negativos. Bordejando a Costa Sarónica, atingimos o Canal de Corinto, maravilhosa obra da engenharia, concretizada a partir do desejo do imperador romano, Nero. Inesquecível é o percurso pedestre sobre o famoso canal, onde, a cerca de oitenta metros de altura, podemos contemplar toda a grandeza e beleza do extenso canal __ mais de seis quilómetros de comprimento.
Mas a velha Corinto aguardava-nos com todas as suas ruínas e as suas riquezas guardadas no Museu local. Observando o rochedo sobranceiro, julgamos que, lá do alto da Acrocorinto, algumas divindades gregas exasperavam com a nossa presença naquele território, pois o mercúrio do termómetro baixava a cada instante, à medida que o frio se intensificava. Por Zeus que a paisagem, atingida pela luminosidade dos raios solares, brilhava num colorido enérgico que nos remetia para uma civilização, onde, parafraseando o filósofo, pudemos afirmar: “Só sei que nada sei”.
A viagem aproximava-se do fim. A última visita tinha lugar em Katakolon, porto que serve Olímpia, a cidade, onde no ano 776 A. C. tiveram início os Jogos Olímpicos. Por anterior conhecimento daquela localidade, desta vez, preterimos a visita às ruínas da antiga Olimpia, com especial relevo para os Templos de Zeus e de Hera, o Estádio Olímpico e o Museu, por uma breve estadia na pequena e agradável vila que empresta o nome ao porto, admirando belos exemplares do artesanato local e ainda vestígios gloriosos da vitória grega no Euro 2004, em Portugal